segunda-feira, 31 de maio de 2010

Perigos escondidos

Com a época balnear já aberta, gostari de alertar para alguns perigos escondidos nas praias.
Fica então aqui alguns dos peixes perigosos que temos na nossa costa portuguesa.
Em especial muito cuidado com as crianças e com o sol, para que possam usufruir de umas férias agradaveis.

Peixes Perigosos


Rascasso - Goraz - Peixe Escorpião

Espécie solitária muito vulgar na costa portuguesa vive sobre as rochas, areia ou lodo. Alimenta-se de peixes, crustáceos e moluscos. Se tocar num peixe-escorpião o mais natural é ser injectado pelo seu veneno deve solicitar de imediato ajuda médica e deslocar-se ao hospital mais próximo, em função da zona e espécie pode ser grave ou em alguns casos fatal.

Peixe Aranha


O peixe aranha possui junto de cada opérculo branquial um espinho venenoso e três dos raios da primeira barbatana dorsal também são venenosos. É a cor preta desta barbatana que mais facilmente o identifica. A sua picada pode provocar dores intensíssimas. Vive normalmente afastado das praias. mas aparece, de vez em quando, enterrado na areia a poucos centímetros de profundidade. Horas depois de morto ainda mantem o veneno activo. Quando se pesca ao fundo na praia é muito vulgar e geralmente morde em todo o tipo de isco natural. Qualquer pescador incauto que seja picado deve procurar rapidamente ajuda médica, na primeira meia hora podem ser executados algumas acções de modo a aliviar a dor. Primeiros Socorros: 0 tratamento por calor é aconselhado, o veneno destes peixes é termolábil, isto é, decompõe-se sob a acção do calor. A imersão da zona afectada em água à temperatura máxima suportável, ou mesmo a aproximação de um cigarro aceso à menor distância possível, podem ser soluções a aplicar durante a primeira meia hora. Depois de já ter passado algum tempo, o médico poderá receitar analgésicos ou mesmo injecções locais, que atenuarão a dor.

Ratão


Habita baías e estuários e por vezes em alto mar. Encontra-se por vezes em grupos. Alimenta-se de crustáceos, moluscos e peixe. A cauda desta raia possui um ou mais espinhos venenosos de bordos serrilhados, capazes de provocar feridas muito dolorosas.

Tremelga


Encontrada em fundos macios, geralmente junto a costa mas ocasionalmente em locais mais profundos. Alimenta-se de pequenos peixes e alguns invertebrados. Capaz de infligir um choque eléctrico superior a 200 volts.

Moreia

Espécie nocturna e territorial. Habita em buracos nas rochas ou corais. Alimenta-se de peixes, e cefalopodes. Raramente ataca excepto quando é provocada. Atenção que a mordedura é extremamente perigosa pois não lhe é dificil arrancar a mão ou um braço de um pescador incauto.

Tintureira

Espécie oceânica, pode por vezes ser encontrada muito junto à costa em alguns locais. Normalmente encontrada a partir dos 150m. Aparece com frequência nos mares dos Açores, pesca-se utilizando como isco pedaços de carne em sangue Alimenta-se de peixes, pequenos tubarões, lulas e ocasionalmente de aves marinhas. Potencialmente perigosa para o homem.

Barracuda

Encontrado junto a costa e em alto mar. Alimenta-se principalmente de peixes, crustáceos e cefalopodes. Espécie extremamente agressiva podendo provocar ferimentos muito graves. A sua carne é tóxica para o ser humano. É pescada ao corrico com sardinha ou peixes e iscos artificiais.

domingo, 30 de maio de 2010

Peixe Palhaço

Peixe-palhaço, ou peixe-das-anêmonas é o nome vulgar das espécies da subfamília Amphiprioninae na família Pomacentridae. Existem cerca de 27 espécies, uma das quais pertence ao gênero Premnas, pertencendo os outros ao gênero tipo Amphiprion. Deve o seu nome à forma desalinhada como nada.

As espécies assim designadas são nativas de uma vasta região compreendida em águas tépidas do Pacífico, coexistindo algumas espécies em algumas dessas regiões. São famosos devido à relação ecológica de comensalismo que estabelecem com as anêmonas-do-mar ou, em alguns casos, com corais. As anémonas providenciam-lhes abrigo, apesar dos tentáculos urticantes a que são imunes, devido à camada de muco que os reveste. O peixe-palhaço esconde-se dos predadores nas anêmonas.
Em geral, em cada anémona existe um "harém" que consiste em uma fêmea grande, um macho menor e outros machos não reprodutivos ainda menores. No caso de a fêmea ser removida, o macho reprodutor muda de sexo, num processo dito protandria, e o maior dos machos não reprodutivos torna-se reprodutivo.

Do seu refúgio no tapete de tentáculos de anémonas, o peixe palhaço parece provocar os espectáculos. Qualquer outro peixe ficaria gravemente ferido pelos tentáculos venenosos, mas o peixe palhaço é imune, e tem por isso, o esconderijo perfeito. Este peixe obtém o seu nome das suas marcas semelhantes às pinturas de um palhaço e à sua desajeitada forma de nadar. Este peixe tem vidas sexuais interessantes - os machos podem mudar de sexo e tornar-se em fêmeas.


Mudança de sexo

Os peixes palhaço nascem macho, mas dentro deles estão os orgãos reprodutores necessários para se tornarem fêmeas. Se a fêmea de um grupo morre, o macho dominante muda para fêmea e um dos machos não dominantes assume o comando. Este padrão único permite a um cardume destes peixes viver e reproduzir-se dentro da anémona. Antes de acasalar, os machos tornam-se agressivos, atacando as fêmeas e estendendo as sua barbatanas. Seleccionam um local de nidificação, dentro da boca da anémona (os ovos são protegidos por cobertura com o muco da anémona). A fêmea liberta os ovos para o ninho para serem fertilizados e protegidos pelo macho.

Viver de restos

As principais fontes de alimento dos peixes palhaço são plâncton, os organismos microscópicos entrados na água do mar e algas, que crescem em volta das anémonas. Os peixes palhaço também comem larvas, camarão, pequenos peixes e os alimentos deixados pela anémona, que usam os seus tentáculos urticantes para apanhar presas e arrastá-las até à sua boca.

Ameaça de Aquário

A maior ameaça aos peixes palhaço é o comércio de aquário: a maior percentagem de peixes palhaços provém das Filipinas e Indonésia. Prácticas de pesca ilegal e perigosas como as que usam dinamite, tiveram provavelmente um papel importante. No entanto, estes peixes são abundantes no seu habitat natural e procriam com facilidade em cativeiro, e por isso não estão ainda em perigo.

Parceiros Perfeitos

Uma unidade familiar de peixes palhaços ocupam uma única anémona-do-mar. Este truque faz com que a anémona pense que os peixes são uma parte de si própria. Ambos os peixes e anémona beneficiam da parceria. Os tentáculos protegem os peixes dos predadores, enquanto a anémona se aproveita dos alimentos deixados cair pelos peixes. Estes também come os parasitas da anémona e quando passam por entre os tentáculos, funcionam como uma ventoinha, aumentando a circulação da água, fornecendo assim, oxigénio à anémona
Classificação científica

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Pomacentridae
Subfamília: Amphiprioninae

Unidade Social: Pares
Comprimento: 6-8cm
Peso: 30-50g
Sexo: Protândrico hemafrodita; desenvolve-se macho, pode tornar-se fêmea
Maturidade Sexual: Vários meses
Epoca de acasalamento: Por volta de Abril e de novo em Outubro
Periodo de incubação: 6-7 dias
Nº de ovos: 100 +
Intervalo de procriação: Alguns meses
Dieta: Plâncton, algas, larvas, camarão e alguns peixes
Longevidade: 3-5anos