Tem cerca de 1,50 – 1,80m; bicolor, bico preto curto, mancha atrás do olho, ventre e flancos brancos. Habitante dos mares remotos antárcticos e subantárcticos, o Golfinho-Ampulheta foi descrito pela primeira vez em 1824, mas é raro vê-lo e continua a ser pouco conhecido. Nos últimos anos, e através de um trabalho de investigação concertado, tem sido mais observado e é vulgar encontrá-lo ao longo de levantamentos feitos em águas "fora de rota" raramente frequentadas por outros navios. É um animal relativamente fácil de identificar, pois tem notáveis marcas corporais pretas e brancas - o seu nome vem do desenho imperfeito de uma ampulheta branca nos flancos - e porque é o único golfinho com barbatana dorsal que tem uma existência estável nas águas polares meridionais. No norte da sua área poderá possivelmente confundir-se com o golfinho de Peale e com o Golfinho-Cinzento. A cor do corpo escurece enormemente logo após a morte.
Em geral rude nadador, é capaz de velocidades que excedem 12 nós. Sabe-se que cavalga a ondulação provocada por navios e barcos rápidos, nadando com saltos compridos e lentos. Ao longe, este movimento ondulatório parece-se com o de um pinguim a nadar. Nada ao lado de embarcações lentas. Quando nada depressa, pode viajar muito perto da superfície, sem sair realmente da água, fazendo muita espuma quando emerge para respirar. Foi observado a rodar em torno do eixo longitudinal quando cavalga as ondas. Pode associar-se com outras espécies pelágicas, tais como a baleia-comum, a baleia-boreal, a baleia-de-focinho-de-garrafa antárctica, a baleia-de-bico de Arnoux, a orca, a boca-de-panela e o golfinho do peru. Distribuição pouco conhecida, se bem que a área parece bastante extensa. Surge sobretudo no Atlântico Sul e no Pacífico Sul, e em correntes frias associadas com a corrente dos ventos ocidentais. Surge dentro dos 160 km dos limites gelados em alguns locais da parte sul da área; sabe-se muito pouco sobre os limites ao norte, mas provavelmente abaixo de 45º S. Um registo único tão a norte como Valparaíso, Chile, parece ser excepcional. Visto em geral no mar alto, tendo, no entanto, sido observada em águas bastante baixas perto da península antárctica e ao largo da América do Sul meridional..
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Família: Delphinidae
Género: Lagenorhynchus
Nome binomial
Lagenorhynchus cruciger
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