sexta-feira, 9 de outubro de 2009

GOLFINHO-DE-BORNÉU

Características: 2,30 – 2,70m; 160 – 210kg; bico curto, barbatanas pequenas, barbatana dorsal triangular, larga faixa preta do olho ao ânus.

Apesar de em 1895 ter sido descoberta a carcassa de um golfinho do Bornéu numa praia em Sarawak, Malásia, a espécie só foi descrita cientificamente em 1956, e não foi vista viva até ao início dos anos 70.
Desde então foi observada muitas vezes no mar, e parece não ser tão rara quanto outrora se pensava. Contudo, continua a ser relativamente pouco conhecida.
Tem uma aparência intermédia entre os géneros Lagenorhynchus e Delphinus , daí o nome genérico composto Lagenodelphis.
Alguns indivíduos, em especial os machos, têm no corpo uma notável faixa lateral preta escura; pensa-se que a largura e a intensidade da faixa aumentam com a idade.
Pode ser confundido com o Golfinho-riscado, apesar de o golfinho do Bornéu ter bico mais curto, barbatana dorsal mais pequena e pequeninas barbatanas peitorais, bem como faixas corporais diferentes.
Um número desconhecido afoga-se nas redes sardinheiras de pescas pelágicas e noutras operações pesqueiras, e há alguma captura directa dentro da área.
Outros Nomes: Golfinho de Fraser .


Comportamento: Uma análise das presas sugere ser o golfinho do Bornéu um mergulhador de águas profundas, caçando em profundidades de pelo menos 250-500m.

Visto com frequência em grupos mistos com outros cetáceos pelágicos, em especial com cabeças-de-melão, falsas orcas, cachalotes, Golfinhos-malhados-Pantropicais e Golfinhos-Riscados.
Tem um estilo natatório agressivo: quando se eleva para respirar, sai muitas vezes da água numa explosão de espuma.
Sabe-se que salta, mas não é vulgar ser expansivo ou brincalhão. Em grande parte da área receia as embarcações e é corrente afastar-se rapidamente, formando um grupo cerrado com os outros, e muita agitação na superfície da água.
Mais inclinado a "acompanhar à proa" e a nadar ao lado de navios nas Filipinas e ao largo da costa do Natal, África do Sul.

Distribuição: Distribuição pouco conhecida. Parece ser mais comum perto do equador, no Pacífico Oriental tropical, e na ponta sul do estreito de Bohol, Filipinas.
Parece ser relativamente escasso no oceano Atlântico (conhecido apenas nas Pequenas Antilhas e no golfo do México).
Pode ter área ao longo do oceano Índico, apesar de só haver observações confirmadas na costa leste da África do Sul, Madagáscar, Sri Lanka e Indonésia.
Surge também longe do equador, para norte até Taiwan e Japão e, em pequenos números, ao largo da Austrália. Num acostamento em França tratou-se provavelmente de um grupo errante.
Pode ser mais comum do que a falta de registos o sugere.
Raramente visto em águas costeiras, excepto em volta de ilhas oceânicas e em áreas com uma plataforma continental estreita.

Alimentação: cefalópodes, crustáceos, peixes.

Classificação científica


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Odontoceti
Família: Delphinidae
Género: Lagenorhynchus
Espécie: L. Hosei

Nome binomial
Lagenorhynchus Hosei

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