Peso, medidas e características - adultos medem entre 1,6 m e 2,2 m. As fêmeas pesam entre 39 e 127 Kg e os machos entre 50 e 143 Kg. O corpo é alongado e esguio. Dorso escuro e ventre claro. Os adultos apresentam pintas claras no dorso e escuras na barriga. O grau de pintas nos adultos é extremamente variável, tanto individualmente quanto geograficamente. Filhotes nascem cinza-claro e as pintas vão aparecendo com a idade geralmente da barriga para o dorso. A ponta do relativamente longo e fino bico é branca. O manto dorsal cinza-escuro possui uma mancha clara pontiaguda rompendo seu desenho arredondado logo abaixo da nadadeira dorsal. A nadadeira dorsal é alta e falcada. As nadadeiras peitorais são pontudas e proporcionais ao tamanho do corpo. A região ao redor dos olhos normalmente é escura. Possuem de 60 a 80 dentes cônicos. A forma costeira é maior, mais robusta e mais pintada do que a oceânica. No Brasil, provavelmente existem as duas formas mas ainda torna-se necessária uma confirmação.
Como nascem e quanto vivem - a maturidade sexual é alcançada a partir de 1,8 m. Machos e fêmeas alcançam a maturidade sexual entre 6 e 11 anos e 4 a 8 anos de idade, respectivamente. A gestação dura cerca de um ano. Filhotes nascem medindo entre 0,8 m e 1,2 m. a amamentação dura cerca de um ano e o intervalo entre as crias é de 3 anos. Podem viver, pelo menos, até 50 anos de idade.
Comportamento e hábitos - podem formar grupos de vários tamanhos segregados em subgrupos por sexo e classe de idade. Em áreas costeiras podem formar grupos de até 80 indivíduos, embora sejam mais comuns grupos contendo entre 5 e 15 animais. Em alto mar esses grupos podem chegar a centenas. Sua estrutura social é complexa. Já foi observado entre os golfinhos-pintados-do-atlântico o comportamento de ajuda a animais doentes ou feridos da mesma espécie. Podem formar grupos mistos com outros cetáceos. Curiosos, nadam na proa de embarcações. São golfinhos muito ativos, nadam com rapidez e saltam com freqüência. Suas vocalizações incluem vários tipos de estalos e assobios.
Alimentação - principalmente lulas e peixes.
Identificação Individual - é feita através de marcas e cicatrizes no bordo posterior da nadadeira dorsal.
Cativeiro - geralmente não se adaptam bem ao cativeiro tendo problemas de estresse e recusam alimentos. Já foram mantidos em oceanários da Flórida para shows por períodos superiores a dez anos mas, geralmente, sobrevivem no cativeiro por poucos meses ou semanas.
Inimigos Naturais - os grandes tubarões (Família Carcharhinidae) e as orcas (Orcinus orca).
Ameaças - o golfinho-pintado-do-atlântico é capturado em pequena escala para subsistência em São Vicente (Antilhas Pequenas), nos Açores e possivelmente em Santa Lúcia e Dominica. A espécie é capturada acidentalmente em redes de espera em toda a sua área de ocorrência principalmente em áreas costeiras. Nessas áreas, também sofrem com a poluição, a degradação ambiental e em certos locais como a Baía da Ilha Grande, Rio de Janeiro, com o intenso tráfego de embarcações que os molestam. No Brasil, foram registradas capturas acidentais em Santa Catarina, São Paulo e no Rio de Janeiro. Também existem registros de capturas em redes de deriva oceânicas (drift-nets) no sul e sudeste. Na Venezuela, a carne dos golfinhos capturados é utilizada para o consumo e sua gordura serve de isca para a pesca de espinhel. A frota atuneira de várias nações que atua na costa oeste da África também os capturam acidentalmente.
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Odontoceti
Família: Delphinidae
Género: Stenella
Espécie: S. frontalis
Nome binomial
Stenella frontalis
Sem comentários:
Enviar um comentário